Aprendendo a dizer não e a dizer sim!

Muito se fala sobre a dificuldade em dizer não. Mas é verdade que também existe para algumas pessoas a dificuldade em aceitar, ser empático e dizer sim.

Também há os que dizem “sim” para tudo e para todos, o que significa, muitas vezes, uma angústia, pois sua comunicação acaba se tornando passiva com a maioria das pessoas com quem convive e passa a assumir responsabilidades que exigirão imenso esforço. Às vezes, nem se conseguirá atender.

Além disso, dizer “sim” quando se quer dizer “não” poderá fazer você se sentir sobrecarregado, fazer algo que não quer, agradar aos outros e se desagradar, escolher o bem estar do outro e deixar o seu de lado, experimentar emoções negativas como raiva, frustração, stress e medo.

Todos esses sentimentos atrapalham o processo de mudança do comportamento de dizer “não”. Isso mesmo: comportamento.

Nossa fala não é uma simples decisão, mas um comportamento, muitas vezes. É preciso entender que quando dizemos “sim” e “não”, a razão não se deve ao momento em si, mas a uma construção desenvolvida e vivenciada ao longo da vida. Ao tentar entender as razões das nossas falas, sejam elas quais forem, se percebe motivações articuladas e aprendidas anteriormente.

Seja a sua dificuldade a de dizer não ou um sim, seguem algumas dicas práticas:

  1. Você não precisa responder de imediato. Peça um tempo para pensar e aproveite para listar as possíveis consequências e se organize para responder;
  2. Você não precisa aceitar a totalidade do pedido. É possível reconhecer limites estruturais e outros e dizer que só poderia realizar uma parte do que está sendo requerido;
  3. Inicie a sua resposta elogiando a ideia, agradeça pela lembrança do seu nome e responda aquilo que julgar ser mais adequado;
  4. Repita, repita e repita a sua resposta, caso exista insistência da outra pessoa;
  5. Faça recomendações sobre outras pessoas que também poderiam ajudar;
  6. Encerre o assunto;
  7. Por fim, não se sinta culpado. É muito importante barrar esse sentimento de culpa quando você precisar dizer não. Lembre-se: você tem todo direito em recusar algo que você não se sinta confortável em fazer e não tem a obrigação de dizer sim para tudo.

De qual dica você mais gostou?

Reflita sobre essas oportunidades e boas respostas.

 

Por Gildeon Mendonça, psicólogo e membro colaborador do DESAM.

Escreve sobre contemporaneidade em www.gildeonmendonca.com