Sob o tema: “Como ser um obreiros aprovado nesses tempos trabalhosos” – (I Tm 3. 1-5) – o Departamento da Família realizou, no dia 25 de maio, no Templo Central o 2º Seminário Geral para Obreiros e Esposas da IEADERN. Ministraram a Palavra os pastores Martim Alves da Silva, presidente da IEADERN e Manoel Messias dos Santos (AD Itajaí/SC). Os palestrantes apresentaram ensinamentos calcados na Palavra de Deus para orientar os obreiros sobre a maneira como deverão ser aprovados vivendo nesses tempos trabalhosos.
Na abertura do Seminário o pastor Diógenes Lopes – Diretor do DEFAM – trouxe aos obreiros e esposas a palavra abaixo transcrita:
É do conhecimento geral de que estamos vivendo tempos trabalhosos, porquanto a geração contemporânea vivencia práticas de uma vida dissoluta priorizando o ser humano e as coisas materiais, permitindo aflorar com incontida intensidade o humanismo, o materialismo e o hedonismo, agregados ao indiferentismo religioso, tal qual, ou em maior escala, como ocorreu no período antediluviano.
Muitos estão dando vazão à concupiscência da carne e dos olhos numa prática de excessiva liberdade permeada de libertinagem, licenciosidade e devassidão. Perderam completamente a noção do certo e do errado, da ética e da moral. Infelizmente essa situação vem paulatinamente adentrando às igrejas evangélicas, num movimento concatenado de fora para dentro e, lamentavelmente, tem encontrado ressonância no meio dos fiéis: São os lobos devoradores, os quais agem de forma voraz, sorrateira e dissimulada enganando a boa fé dos crentes piedosos.
Práticas mundanas, tais como aborto, divórcio, homossexualismo, lesbianismo e adultério, encontram-se presentes no meio evangélico, quase que na mesma proporção do que ocorre entre os ímpios. Tudo isso sob os olhares complacentes e, de certa forma, indiferentes de algumas lideranças.
A omissão e a conivência são tão comprometedoras quanto a prática das iniquidades citadas anteriormente. Creio que também serão cobrados por Deus pela negligência em ensinar, aconselhar, orientar, corrigir e, quando necessário, disciplinar.
Que mundo queremos deixar para a próxima geração? Que filhos estamos formando para o futuro? Qual igreja nossos filhos e netos vão “herdar”? Estamos compreendendo o que Deus tem falado para nós, com relação à família, nesses últimos dias?
Esses e outros questionamentos precisam de respostas e ações para que não venhamos a ser cobrados por Deus pela nossa passividade diante de uma realidade tão cruel e devastadora, a qual, em muitos casos, tem origem dentro dos lares.
Por que está acontecendo tantos casos de infidelidade e, conseqüentemente, na maioria das vezes, de divórcios entre casais cristãos? Porventura esses casais não estão olvidando, negligenciando uma orientação do Apóstolo Paulo que, sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu na sua Primeira Epístola aos Coríntios? “Quanto aos assuntos sobre os quais vocês escreveram,…” – NVI (I Co 7. 1-5).
O amor, o ato sexual e o prazer máximo decorrente dessa prática são dádivas divinas. Entretanto, alguns irmãos, sob o manto da ignorância ou da falsa religiosidade, estão destruindo o casamento porque demonizam o que Deus presenteou à Sua criação.
A insatisfação sexual estimula à infidelidade. Diz o proverbista que “A alma farta pisa favos de mel, mas para a alma faminta até o amargo é doce” (Pv 27. 7).
Urge que mantenhamos nosso leito conjugal sem mácula e apliquemos em nós e ensinemos àqueles que estão sob nossa liderança, os valores cristãos deixados por Nosso Senhor Jesus Cristo, pois os mesmos não perderam a validade.
Nos dias atuais, o celular tem encurtado distâncias, porém tem afastado os indivíduos. De igual sorte, o animal de estimação tem substituído os filhos. O diálogo está sendo preterido em função dos bate-papos impessoais através do Wathsap.
A dificuldade financeira na maioria das famílias levou as mulheres a lutarem por espaços no mercado de trabalho. Essa realidade tem provocado nas mulheres um desgaste emocional adicional e, ao mesmo tempo, tem contribuído para criar um ambiente de competição entre alguns cônjuges.
A Palavra de Deus é o norte através do qual o casal pode ter uma vida feliz independente das dificuldades e tribulações do dia-a-dia, mesmo que não se consiga ter um casamento perfeito. O padrão estipulado por Deus, por ocasião da criação, é de casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel (“um homem e uma mulher”, “uma só carne”, “até que a morte os separe”). Entretanto, muitos casais cristãos tem se afastado dessas orientações e estão carentes de aconselhamentos e de exemplos por parte daqueles que foram chamados por Deus para conduzir Seu rebanho às verdes pastagens e ao aprisco seguro.
“Se sabeis essas coisa, bem-aventurados sois se as fizerdes”.
Que a paz de Cristo reine em vossos corações.