Pr. Martim Alves da Silva
“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”
(Rm 8.37-39)
Estamos vivendo dias em que uma boa parte dos cristãos encara as lutas e provações da vida como uma derrota da vida espiritual. Vale a pena lembrar dos personagens que tem suas lutas e vitórias registradas nas páginas da Bíblia Sagrada.
Abraão e sua esposa, Sara, tinham migrado de Ur dos Caldeus, para Harã, e a seguir para Canaã. Mas veio uma fome na terra e, sem consultar a Deus, eles desceram para o Egito. Abraão é chamado de amigo de Deus.
Depois da morte de Abraão, o patriarca Isaque, também por causa da fome, se mudou com a família para Gerar, na região dos filisteus.
Isaque desejou dar a seu filho Esaú, a bênção familiar, mas Jacó e sua mãe Rebeca enganaram Isaque, de modo que ele deu a bênção a Jacó. Esaú ficou furioso e ameaçou matar Jacó. Então Rebeca persuadiu Isaque a mandar Jacó para Harã, onde ele poderia encontrar uma esposa e viver longe de casa até que a ira de Esaú esfriasse. Todavia, a bênção de Deus estava com Jacó conforme a promessa feita quando ainda estavam no ventre materno: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor” (Gn 25.23).
José, o filho de Jacó foi vendido como escravo e levado ao Egito. Lá interpretou um sonho de Faraó, advertindo-o sobre uma grande fome que viria sobre a terra. Faraó o colocou como responsável pela terra para enfrentar aquela circunstância.
Depois da morte de José o povo hebreu foi feito escravo, e, por esse tempo, nasceu Moisés que foi adotado pela filha de Faraó. Depois de viver 40 anos no deserto Deus o comissionou para tirar o seu povo do Egito.
O exemplo desses homens nos mostra claramente como o nosso Deus cuida dos seus filhos em todas as situações que enfrentamos. Também nos alerta que nessa vida não estamos livres das lutas, provações, tentações e muitas dificuldades.
Jesus nos advertiu dizendo que para segui-lo precisamos tomar a cruz, negar-se a si mesmo. Também nos prometeu que ninguém, que por amor a ele, deixe pai, mãe, irmãos e bens ficará sem recompensa. Prometeu, ainda, que quem perder a sua vida por amor a Ele, na verdade a encontrou.
O apóstolo Paulo que enfrentou muitas lutas e perseguições disse que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, as potestades, contras as hostes espirituais da maldade. Paulo lembra aos irmãos de Corinto que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas somente um leva o prêmio.
Portanto, meus queridos e amados irmãos quando estivermos enfrentando as circunstâncias adversas desta vida, cantemos o hino que diz: “Canaã é logo ali”. Vamos em frente sem pensar em desistir. Olhemos para o Senhor Jesus Cristo autor e consumador da nossa fé, com a certeza de que em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
“Para que todos sejam um”