Elmer Towns – Enciclopédia da Escola Dominical
O nosso Senhor ordenou aos cristãos que ensinassem (Mt 28.19,20). Ele conhecia a importância do ensino e nos deixou o seu exemplo nas Escrituras. Frequentemente, lemos que Ele ensinava as pessoas. Na tripla descrição que Mateus faz da obra de Jesus na terra (9.35). coloca o ensino em primeiro lugar. Lucas e João falam do seu ensino, antes de falar da sua pregação. Nicodemos o chamou de “mestre vindo de Deus” (Jo 3.2). ele é o maior de todos os Professores. Ele declarou o nosso propósito: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.20).
Havia uma autoridade inequívoca na sua própria conduta e na sua absoluta certeza da importância e da verdade da sua mensagem. Ele tinha uma confiança que se originava de saber integralmente o que ensinaria e a quem ensinaria. Os escribas poderiam citar inúmeras passagens escritas por rabinos, mas o Grande Professor poderia declarar “Eu, porém, vos digo”. Jesus sabia o que estava ensinando, e falava com convicção. Jesus estava familiarizado com as Escrituras de sua época; ele as citava frequentemente, e as interpretava bem (Mt 21.13,16; Lc 4.8).
O amor e a simpatia de Jesus indicavam o seu completo entendimento da natureza humana. Um grande psicólogo, o Grande Professor baseava as suas lições em coisas cotidianas. Ele revelava os segredos do seu futuro Reino em termos daquilo que era familiar – o trigo e as ervas daninhas, a pérola de grande preço, e os peixes bons e ruins. Ele prometeu converter os pescadores em pescadores de homens.
Jesus sabia que somos naturalmente curiosos. Ele usou a curiosidade da mulher junto ao poço em Samaria. Um judeu pediu água a uma samaritana. A curiosidade dela se converteu em interesse, quando Jesus continuou. No final, ela trouxe outras pessoas para ouvi-lo. Sem dúvida, também este elemento estava na mente da samaritana, quando um estranho começou, repentinamente, a lhe falar sobre a sua vida passada. Por intermédio dos seus milagres, Jesus apela a essa parte da nossa natureza. Nós somos atraídos para explorar e examinar incidentes que não conseguimos explicar.
Jesus sabia que as emoções são uma parte impressionante da vida, pois elas colorem e influenciam todo o nosso pensamento e a nossa ação. Ele usava as emoções humanas no seu ensinamento. Que maior exemplo poderíamos ter, que não o de sua tristeza pela cidade de Jerusalém (Lc 13.34). Ele falava frequentemente a pessoas entristecidas, quando as curava ou ressuscitava os seus entes queridos. O seu uso do casamento e dos banquetes como exemplos mostra a sua ciência da alegria como um componente das vidas das pessoas.
As pessoas gostam do que apela ao seu pensamento e à sua imaginação. Um apelo à nossa capacidade de pensar nos lisonjeia, e pode até mesmo nos estimular, se o permitirmos. Jesus também sabia que a nossa mente requer certa lógica. Lucas 6.9,10 é uma interessante explicação da lógica de Jesus. Ele também fazia perguntas diretas.
Os seus ouvintes não puderam fugir à pergunta de Mateus 22.42: “Que pensais vós do Cristo?”
A imaginação é o oposto da lógica, ainda que muito real. Algumas das parábolas de Jesus podiam fazer a imaginação voar (Mt 25.14-30). A imaginação torna vívida qualquer história, e grava essa lição com mais clareza nas mentes.
Jesus estava familiarizado com as necessidades e com as experiências de todas as pessoas a quem ensinava, tanto jovens quanto idosas. Ele não usava termos altamente técnicos em seu ensinamento. Isso teria confundido as pessoas.
Ele ensinava a respeito de coisas simples e cotidianas – casamentos, a natureza, doenças e saúde, fraternidade e caridade, lar e família, e vocações. Essas eram coisas que as pessoas conheciam.