Pr. Martim Alves da Silva
“Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dEle é a sabedoria e a força; Ele muda os tempos e as horas; Ele remove os reis e estabelece os reis; Ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes. Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com Ele mora a luz”
(Dn 2.20-22).
No decorrer da história da humanidade muitos governantes foram levantados por Deus. Aqueles que se mostraram obedientes trouxeram prosperidade para os seus reinos; os que tentaram resistir tiveram que reconhecer que somente Deus tem domínio sobre todos os reinos e sobre todos os homens.
Deus governava de forma teocrática sobre Israel, o povo que Ele tinha escolhido para ser chamado pelo seu nome, até que eles pediram ao profeta Samuel que escolhesse um rei para governar sobre eles como tinham todas as nações. Aquele pedido pareceu mal aos olhos de Samuel, mas Deus disse ao profeta: “Ouça a voz do povo, pois ele não tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele”, (1 Sm 8.7).
O estabelecimento da monarquia em Israel começou com Samuel ungindo Saul como rei. Saul começou muito bem o seu reinado vencendo uma batalha contra os amonitas, mas terminou muito mal em virtude de ter desobedecido ao Senhor.
Depois de Saul o profeta Samuel recebeu a ordem de Deus para ungir Davi como rei. Muitas coisas poderiam ser ditas a respeito do reinado de Davi, o mais importante rei de todos os tempos para Israel, mas basta lembrar que ele foi um homem segundo o coração de Deus e teve um reinado muito abençoado.
Ao assumir o trono, Salomão pediu sabedoria a Deus e se mostrou um excelente estadista, levando Israel a atingir um estágio econômico e social nunca alcançado antes e que não se repetiria jamais. Porém, desobedecendo a Deus se envolveu com mulheres estrangeiras. Além da filha de faraó, ele tomou mulheres moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, o que era expressamente proibido pela Lei de Moisés (Dt 17.16,17; 1 Rs 11.1,2). Por causa das alianças políticas e dos casamentos caiu na idolatria.
O juízo de Deus veio sobre Israel com a divisão do reino em Norte e Sul. Todos os reis do Norte (cuja capital era Samaria) foram rebeldes a Deus e foram castigados pela invasão e cativeiro dos Assírios. O reino do Sul (cuja capital era Jerusalém) teve alguns reis piedosos como Asa, Ezequias, Josias que foram abençoados por Deus enquanto obedeceram aos mandamentos do Senhor. Por não dar ouvidos ao profeta Jeremias, o último rei de Israel, Zedequias, viu a invasão de Jerusalém e foi levado cativo para a Babilônia.
Vejamos o exemplo do rei Nabucodonosor, orgulhoso dos feitos que havia feito na bonita cidade da Babilônia, cujos jardins suspensos figuram entre as sete maravilhas do mundo antigo, quando disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para a glória da minha magnificência”? Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino”, (Dn 4.30,31). O rei foi tirado dentre os homens e passou a comer erva com os bois até que reconheceu o domínio daquele cujo reino é de geração em geração.
O rei Ciro foi chamado por Deus 150 anos antes de nascer, (Is 45) para providenciar o retorno dos judeus para a sua terra a fim de edificarem uma casa em Jerusalém (Ed 1.1-4).
A história nos mostra que Deus reina dos céus, tem o governo sobre todas as nações e quem obedece aos princípios por Ele estabelecidos desfruta da sua bênção e da sua proteção.
A partir de janeiro do próximo ano teremos um presidente com uma nova equipe administrativa, os novos governadores, um renovado congresso (câmara e senado) elaborando e aprovando as leis para regularem os nossos deveres e direitos enquanto cidadãos brasileiros.
É nossa tarefa como igreja orar pelas autoridades constituídas. Quem teme a Deus e observa a sua palavra, a bênção do Senhor está presente, e quem despreza e desonra a Deus por Deus será envilecido “… porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos”. (1Sm 2.30).
Oremos pelo nosso Brasil, sabendo e confiando que Deus está acima de todos nós.
“Para que todos sejam um”